Músico há 26 anos, Emerson Fonseca tem uma banda chamada Farra Trio e atua como professor e freelancer em Entre Rios de Minas/MG. Apaixonado pela música desde criança,
começou a praticar como autodidata ainda adolescente e, posteriormente, se especializou
na área, obtendo uma graduação em Música e uma pós-graduação em Educação Musical.
Natural de São Sebastião do Gil, comunidade rural de Desterro de Entre Rios, Emerson dá aulas na Estação da Música de Santa Bárbara/MG e no Núcleo Villa Lobos, em Belo Horizonte/MG.
Na entrevista a seguir, realizada pela atriz e educadora Elis Ferreira, o músico comenta sua relação com a profissão. Confira abaixo!
Como você começou nesta atividade?
Sempre gostei de música, desde criança. Comecei aos 12/13 anos de idade e, como a maioria dos músicos, quase autodidata e nas bandas de garagem da cidade. Decidi me profissionalizar ainda na adolescência. Cursei Música na Universidade Estadual do Estado de Minas Gerais (UEMG) e fiz pós-graduação em Educação Musical, em 2017.
Existe alguma curiosidade que aconteceu durante a sua trajetória que queira nos contar?
Uma vez fomos tocar aqui [em Entre Rios de Minas] com uma dupla sertaneja que estava no auge na época: Jader e Jadson. E como não acompanhamos o meio do sertanejo universitário, a gente sacava que os caras tinham uma ou duas músicas famosas, mas não conhecíamos os rostos deles.
Enquanto esperávamos a nossa hora para passar o som, um cara cumprimentou a nossa banda, tranquilo. Ele tava tomando uma cerveja, trocando ideia com a gente e nós achamos que ele era o diretor. Pedimos para ele mostrar os equipamentos e ficamos embasbacados: sonzeira de violão, da bateria…
Depois disso, enquanto eles riam e trocavam ideia com nós, viram que a gente também não reconhecia eles. Então, o baterista da nossa banda foi no cartaz do show, olhou a cara do moço e falou: “Velho, é o cara, é o cantor mesmo!”. Inclusive, um deles tocou a minha viola e viu a nossa passagem de som.
Um deles estava bem chapado, tinha bebido muito. Nesse dia, eles não aguentaram tocar na festa. No meio disso, ele falou com o produtor para a gente fazer uma participação no show deles, nós ficamos muito empolgados! Mas o produtor falou que não tinha jeito e eles discutiram, o músico da dupla disse: “Eu quero esses meninos, quero dar moral para eles”.
Com isso, nós pensamos: “Vamos abrir o show e depois tocamos uma moda de viola com os caras”. Só que eles subiram chapados para o palco e a gente ficou “choco”, frustrado. Mas, enfim, valeu a pena ter conhecido o cara, ver que ele era de carne e osso como a gente.
Comente sobre a Farra Trio.
Na minha banda, tem o vocalista e baixista Marcelo Boy e o baterista Vinícius Silva. Atualmente temos três shows disponíveis: um só de rock nacional e internacional; o outro — o mais procurado — é um misto com MPB, sertanejo raiz/viola caipira e rock; e o terceiro é o Forrozão do Farra, que a gente montou com o sanfoneiro Romário Martins, de Piedade dos Gerais/MG.
Como você se sente ao realizar sua arte?
Tenho orgulho da minha profissão/ofício/arte, embora ainda necessite de melhorias nos campos profissional e operacional.
O Conto de todos os cantos sobre Entre Rios de Minas é patrocinado pela Vallourec via Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo de Entre Rios e Lei de Incentivo à Cultura.
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