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Conto de todos os cantos: Marcos Aurélio Brandão


Marquinhos da sede da Rádio Jeceaba. Créditos: Alícia Antonioli

Nascido em Jeceaba/MG, Marcos Aurélio Brandão, mais conhecido como Marquinhos, é reconhecido pelo seu trabalho enquanto locutor da Rádio Jeceaba, também é diretor de um grupo de teatro e dança na cidade.


Apaixonado pelas artes, ama ver que as pessoas se envolvem nos trabalhos que propõem e segue com seu trabalho de teatro desde a época da escola. Atualmente, seu grupo é composto por 30 pessoas de diferentes idades.


Leia a entrevista feita com Marquinhos pelos arte-educadores do Arte Por Toda Parte de Jeceaba: Ana Malta, Priscila Mathilde e Gustavo Rosário. Siga a leitura!


Sede da rádio, em Jeceaba/MG. Créditos: Teatro da Pedra

Como é o seu trabalho na Rádio Jeceaba?

Temos um programa na Rádio em que são dadas notícias. Então, este ano, comecei a trabalhar como locutor desse programa, informando sobre tudo o que acontece na cidade.


Como surgiu o desejo de dirigir?

Minha vontade de dirigir espetáculos começou há muito tempo, quando ainda estava na escola ainda. Na época, precisavam de uma peça de teatro para comemorar o Dia das Mães. Na verdade, eles não tinham o roteiro, só queriam uma homenagem.


Então, pensei “Vou escrever uma peça!”. Fiz isso, os professores gostaram e foi o maior sucesso. A partir disso, criei um grupo de teatro com os alunos, e esse grupo permanece até hoje. Só estamos inativos por causa da pandemia.


Tenho muito prazer em escrever peças e uma grande vontade de trabalhar criando coisas novas.

Sobre o que as peças falam?

Já escrevi muitas peças, mas acho que ficaram na escola. Depois que comecei a trabalhar com esse grupo, as peças têm temas variados. Trabalhamos com temas ligados à saúde e lazer na cidade, envolvendo teatro, capoeira e dança. A cidade demanda alguns temas, como o uso indevido de drogas, a gravidez na adolescência ou questões mais ligadas à comédia.



O grupo é composto por quantas pessoas? E qual a faixa etária?

Na época desse primeiro projeto, chegamos a trabalhar com 60 pessoas. Mas tivemos um pouco de dificuldade em mantê-las porque as pessoas começaram a trabalhar em outras áreas. Então, atualmente, somos 30, diversas idades: a maioria é adolescente e jovem, mas também misturamos crianças e idosos. É muito legal mobilizar todas essas pessoas e ver a vontade delas de fazer.


Além do teatro, vocês desenvolvem projetos em alguma outra área?

De um tempo para cá, nosso grupo também se tornou um grupo de dança. Abordamos diferentes estilos porque gosto dessas duas áreas conversando uma com a outra.


Como vocês estão lidando com a pandemia?

Tem sido muito complicado. O contato está sendo feito pelo nosso grupo de WhatsApp e todas atividades foram pausadas. Eles até queriam voltar, mas achei arriscado. Então, estamos esperando tudo passar e a situação se amenizar.



Qual a importância do seu projeto para a cidade e para as pessoas?

Como aqui é uma cidade muito precária no que diz respeito à cultura e ao lazer, vejo uma importância muito grande em tirar as pessoas da rua, abrir outros caminhos, e levar arte e alegria para elas.


Algumas datas específicas para apresentação das peças?

Sim, normalmente nos apresentamos na Semana Santa, no Dia das Mães, Dia dos Pais e em campanhas de combate às drogas e à violência. E também levamos as apresentações até as escolas de Jeceaba, dependendo do assunto.


Algo inusitado que aconteceu em alguma apresentação do grupo?

Em um ano que estávamos apresentando a Semana Santa e íamos para a cena da ceia, o pão sumiu. Então, o moço que estava fazendo Jesus improvisou e fez um pão imaginário. A plateia achou legal e até pensou que aquela tinha sido a nossa ideia, mas não, o pão sumiu mesmo.

 

O Conto de todos os cantos sobre Jeceaba é patrocinado pela Vallourec via Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Jeceaba (CDMCA).


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